Aprender Espanhol

Você está pensando em aprender espanhol?

O espanhol é atualmente uma das línguas mais populares para aprender, com cerca de 22 milhões de estudantes em todo o mundo, de acordo com os últimos dados publicados pelo Instituto Cervantes. Aprender espanhol, sem dúvida, tem muitas vantagens. Entretanto, para quem precisa ser convencido um pouco mais, apresentamos a seguir uma análise de diferentes fatores a serem considerados antes de tomar a decisão de começar a aprender espanhol de graça hoje mesmo.

1. A origem do idioma espanhol

Segundo a Real Academia Espanhola (RAE), a palavra “espanhol” vem do provençal espaignol, que vem do latim medieval Hispaniolus, que, por sua vez, significa “da Hispânia” (Espanha). O espanhol, assim como o francês, o italiano, o romeno e o português, são línguas românicas, ou seja, advêm do latim.
Até o século II a.C., a Península Ibérica foi ocupada por outros povos: fenícios, gregos e cartagineses, etc., com suas diferentes línguas e culturas. A conquista e colonização romana da Hispânia (a partir de 218 a.C) causou a perda das línguas pré-romanas e sua substituição pelo latim vulgar, que era o latim “falado” e usado pelo povo, pelos soldados e pelos comerciantes.
O castelhano é o resultado da evolução que o latim vulgar sofreu na região de Castela. Com a ocupação muçulmana da Península Ibérica, cerca de 4 mil palavras de origem árabe foram incorporadas. Tudo isso acabou formando a língua espanhola padronizada no século XI.
Em 1492, Antonio de Nebrija publicou sua obra Gramática de la lengua castellana, a primeira gramática da língua castelhana. Com ela, começaria a fase de consolidação do idioma. Posteriormente, o espanhol se espalhou para algumas cidades da costa norte-africana e para as Ilhas Canárias. De lá, deu um salto para a América, depois para as Filipinas e, séculos depois, para o Saara Ocidental e para Guiné Equatorial.

“Espanhol” ou “Castelhano”

Atualmente, a RAE prefere o uso do termo “espanhol” em vez do termo “castelhano”, apesar de considerar ambos válidos como nome oficial do idioma.

2. Por que é importante aprender espanhol?

As razões mais importantes para aprender espanhol
Existem inúmeras razões que podem convencer alguém a começar a estudar este idioma popular. Os fatos mais importantes sobre a língua espanhola são os seguintes:

O espanhol, uma língua universal
Atualmente, o número de estudantes de espanhol está expandindo consideravelmente em todo o mundo. Uma das razões para que a língua espanhola seja a segunda língua no campo do ensino é sua crescente importância na comunicação devido à globalização:

- é a língua oficial em 21 países;
- é a terceira língua mais falada no mundo depois do chinês mandarim e do inglês;
- é a segunda língua nativa mais falada no mundo depois do chinês
- é a segunda língua mais utilizada para a comunicação em geral.

Benefícios pessoais de aprender espanhol
Além da importância da língua espanhola em todo o mundo, há mais razões "pessoais”, que são aquelas que se relacionam com o nosso desenvolvimento pessoal como seres humanos. Ao estudar um idioma estrangeiro, é preciso saber como funciona e também conhecer as diferentes características culturais que rodeiam os seus falantes nativos. Este é definitivamente um processo muito gratificante e nos permite compreender as culturas e sociedades que estão ao nosso redor.

O processo de aprender espanhol
Quanto às dificuldades encontradas no processo de aprendizagem, elas são diminutas no caso da língua espanhola. Na verdade, uma das razões pelas quais esta língua é tão popular é devido à facilidade de aprendizagem da sua fonética. Além disso, por ser um idoma latino, compartilha muitas características gramaticais e lexicais com outros idiomas latinos, como o francês, o italiano ou o português, por exemplo. Estas características comuns podem ser úteis quando se aprende qualquer outro idioma de forma fácil e lógica.

A importância do espanhol nos EUA
Se você conseguir falar fluentemente espanhol, poderá se comunicar com quase 500 milhões de pessoas no mundo todo. Também terá à sua disposição mais oportunidades de emprego, especialmente nos EUA, onde há preferência por aqueles que são fluentes em inglês e espanhol. Isso tem a ver com o fato de que 30 dos 308 milhões dos habitantes estado-unidenses são latino-americanos, o que significa que os consumidores latino-americanos já são muitos e estão crescendo ainda mais nos Estados Unidos.

O espanhol na Europa
Finalmente, é essencial mencionar que o espanhol é também uma das línguas oficiais da União Europeia e é falado por muitas pessoas em muitos países europeus, como França, Alemanha, Suíça e Reino Unido. O espanhol rapidamente se tornou a segunda opção como segunda língua nas escolas e universidades, vindo atrás somente do inglês.

O espanhol na América do Sul
Por último, mas não menos importante, o espanhol é o idioma nativo da maioria dos habitantes da América do Sul (exceto Brasil, Guianas e Suriname), perfazendo um total de 19 países. Se você souber espanhol, vai ficar mais fácil para você descobrir todos os recantos deste continente, com sua geografia de encher os olhos. Também será de grande ajuda na sua viagem para a Espanha, sobretudo na hora de apreciar sua cultura e belezas naturais.  

3. É fácil aprender espanhol sendo falante nativo de português?

Nesta seção, vamos analisar se é fácil aprender espanhol sendo um falante nativo de português (brasileiro ou não). E a resposta à pergunta é sim. É claro que é possível encontrar aspectos complexos, como o vocabulário usado, especialmente as gírias (linguajar particular e familiar usado entre membros de um determinado grupo social) e alguns outros aspectos gramaticais, mas, mesmo assim, aprender espanhol, devido aos fatores que explicaremos a seguir, é muito mais fácil do que aprender outros idiomas.

Fatores que facilitam o aprendizado do espanhol


3.1 Você já conhece muitas palavras graças aos “cognatos”

O que é um cognato? Um cognato é uma palavra que existe em duas línguas e que compartilha a mesma raiz morfológica e o mesmo significado.
Quando você começar a aprender espanhol, vai notar que há muitas palavras que são quase ou exatamente as mesmas em ambos os idiomas. São chamadas de “cognatos perfeitos”. Inglês e espanhol compartilham muitas dessas palavras, possivelmente mais de 500. Alguns exemplos que podemos citar são: auto, agenda, bar, café, cereal, chocolate, etc. Imagine então quantas não há entre português e espanhol! Aprender espanhol vai ficando cada vez mais interessante.

Devemos dizer, porém, que existem também, mas em quantidade muito menor, os chamados “falsos cognatos” ou “falsos amigos” (palavras que têm certa semelhança com um termo espanhol, mas cujo significado não tem nada a ver com a palavra com que se parece). O que queremos dizer quando dizemos, em espanhol, que una comida tiene mucha grasa? Que é um alimento que engorda, e não que é engraçado ou nada do gênero! O que acontece se você pedir uma garrafa de vino na Espanha? Eles vão trazer para você um garrafão de cinco litros de vinho e não uma garrafa de um litro! Isso porque a palavra em espanhol para “garrafa” é botella.

É importante aprender os falsos amigos em português e em espanhol para evitar mal-entendidos linguísticos quando for se comunicar com os nativos. Listamos aqui alguns outros exemplos de falsos cognatos: grasa (gordura, em português), oficina (escritório, em português), polvo (em português, pó), sobremesa (em português, toalha de mesa), azar (acaso, em português), espantoso (maravilhoso, enorme, em português), vaso (copo, em português), embarazada (grávida, em português). Apesar disso, a maioria dos termos é, na verdade, “verdadeiros amigos” ou “cognatos perfeitos”, o que torna o fato de querer aprender espanhol ainda mais palpável e factível.

3.2 A estrutura das sentenças é muito semelhante à do português

O espanhol e o português têm uma estrutura frasal muito semelhante, o que significa que metade do nosso problema já está resolvido. Excetuando algumas diferenças, tanto o espanhol como o português utilizam a seguinte ordem: sujeito + verbo + objeto ou complemento.

Yo voy a la playa. Eu vou à praia.

Él compró una flor. Ele comprou uma flor.

Visteis el avión. Vocês viram o avião.

3.3 O espanhol se pronuncia como se escreve

É algo que é dito sobre o espanhol: teoricamente, basta olhar para como uma palavra é escrita para saber como ela é pronunciada. Cada uma das 5 vogais em espanhol [a], [e], [i], [o] e [u] tem apenas uma pronúncia /a/, /e/, /i/, /o/ e /u/.  Todas as vogais são pronunciadas exatamente como você pensa que são. E o melhor: as vogais [e] e [o] não possuem pronúncias abertas e fechadas, nem semivogais, como em português.

Em espanhol, não se tem a seguinte situação fonética: “ele é esperto”, onde o primeiro “e” de “ele” é fechado, o segundo é uma semivogal com som de “i”, o verbo tem um som de “e” aberto, o primeiro “e” de esperto tem som de “i” e o segundo tem um “e” aberto.

Em outras palavras, muito embora haja algumas consoantes em espanhol que podem ser pronunciadas de mais de uma maneira, normas fonéticas muito específicas regem a sua pronúncia, dependendo de onde esta letra está localizada na palavra ou de quais letras a seguem. E os casos desta natureza são poucos se comparados à variação fonética das vogais e de algumas consoantes em português.
Por exemplo, em espanhol temos:
C + e > [θe] cerveza.
C + a > [ka] casa.

Em espanhol, também não há letras mudas ou silenciosas (exceto “h”), de modo que não se muda nada na pronúncia e não se tem nenhuma surpresa na hora de aprender espanhol.

Do ponto de vista fonético-fonológico, observamos que os alunos cuja língua materna seja o português têm muita dificuldade para produzir e diferenciar os seguintes sons: /θ/-/s/; /r/-/g/; e /v/-/b/. Isso não impossibilita a comunicação, mas pode vir a dificultá-la algumas vezes.

3.4 Escreve-se espanhol “quase” como se fala

Uma das maiores vantagens de aprender espanhol é que se escreve “quase” exatamente como se fala. O espanhol é uma língua “fonética”, o que significa que as regras para soletrar são muito próximas às regras da pronúncia. O espanhol se escreve como soa, e vice-versa.

3.5 Entonação

Quando quiser aprender espanhol, você deve saber que todas as palavras, assim como em português, têm uma “sílaba tônica”, ou seja, uma sílaba dentro da palavra que é pronunciada mais forte. Por exemplo, na palavra casa, a tônica (a intensidade mais forte com que pronunciamos uma sílaba dentro de uma palavra) está na penúltima sílaba, ou seja, em “ca-”.

Se o espanhol soa como soa, é porque é uma língua composta principalmente de palavras paroxítonas (80%, ou seja, a sílaba tônica é a penúltima sílaba, como em casa). O resto das palavras está dividido entre palavras oxítonas (17%, sendo a sílaba pronunciada com mais intensidade a última, como em comer) e proparoxítonas (3%, sendo a sílaba pronunciada com mais intensidade a antepenúltima, como em auténtico). Este grande número de palavras paroxítonas dá ao idioma espanhol uma sonoridade especial, que o distingue de outros idiomas, mesmo quando o ouvinte não fala espanhol ou quando o falante não entende toda a conversa.

Os pesquisadores ainda não conseguiram explicar esta curiosa peculiaridade do espanhol. Uma das teorias mais difundidas entre os especialistas é que a proliferação de palavras paroxítonas se deu na Idade Média, quando ocorreu a transição do latim para o espanhol.

Nosotros vamos a la playa en verano. Vamos à praia no verão.

Todas as palavras têm uma tônica, mas nem todas têm acento. Não devemos confundir o conceito de tônica (acento, em espanhol; cuidado aqui com o falso amigo) com acento (tilde, em espanhol). Qual é a diferença entre eles? Como já assinalamos anteriormente, a tônica ou el acento é a maior intensidade com que pronunciamos uma sílaba em uma palavra. Entretanto, o acento ou el tilde é o sinal gráfico (´) que colocamos apenas em algumas palavras para indicar graficamente qual é a sílaba tônica. As regras gerais de acentuação gráfica determinam quais palavras devem ou não ganhar essa ênfase na pronúncia.

3.6 Gênero e número

Uma das primeiras coisas que você vai aprender sobre a língua espanhola quando aprender espanhol é que os substantivos, os adjetivos e os verbos têm que concordar em gênero e número. Eis outra peculiaridade das línguas românicas.

La casa es blanca. (feminino singular) A casa é branca.
Las casas son blancas. (feminino plural) As casas são brancas.

El perro es negro. (masculino singular) O cão é preto.
Los perros son negros. (masculino plural) Os cães são negros.

Como regra geral (com algumas exceções, é claro), podemos dizer que as palavras que terminam em “o” são masculinas e que as palavras que terminam em “a” são femininas. Além disso, o plural é formado pela adição de um “-s” ou de um “-es” no final da palavra. Sendo assim, é mais fácil distinguir o gênero e o número das palavras em espanhol do que em outros idiomas.

Este é um aspecto importante a ser considerado em português e em espanhol. Algumas palavras são femininas em espanhol e masculinas em português, e vice-versa. Um exemplo claro são as palavras que terminam em -aje, que em espanhol são masculinas, enquanto seus equivalentes em português terminam em -agem e são femininos. Por exemplo, em espanhol se diz el viaje, ao passo que em português seria “a viagem”. Outros exemplos são la leche e “o leite”, ou el árbol e “a árvore”.

3.7 Tempos verbais

Aprender um verbo em espanhol envolve muito mais do que aprender uma única palavra. Os verbos em espanhol são conjugados conforme a pessoa e o número, o que significa que você vai ter que memorizar seis terminações diferentes para cada verbo que aprender. Além disso, as conjugações podem ser diferentes, dependendo se o verbo termina em -ar, -er ou -ir. Além disso, os tempos verbais (por exemplo, passado, presente, futuro) são conjugados de forma diferente. Não é de se admirar que o aprendizado das conjugações seja uma das maiores dificuldades para as pessoas que querem aprender espanhol, mas não tanto para os falantes nativos de português, já que muitos desses tempos são parecidos e se estruturam de maneira similar ao português.

Embora a conjugação e o uso de verbos em espanhol sejam tão complexos quanto em português, você pode começar a se comunicar conhecendo apenas o presente dos verbos. Os ouvintes podem ficar confusos se você falar sobre o passado ou o futuro usando o presente, mas o contexto e algumas palavras-chave vão ajudar os interlocutores a entender você sem muita dificuldade.

No princípio, pode ser muito útil para você conhecer estas 3 palavras básicas: hoy (hoje), ayer (ontem) e mañana (amanhã). Com elas, você pode construir frases muito úteis para começar a se comunicar no presente, no passado e no futuro. Por exemplo:

no presente: Hoy como tortilla.
no passado: Ayer como tortilla.
no futuro: Mañana como tortilla.

É óbvio que duas delas são gramaticalmente incorretas, mas podem ajudar você a ser compreendido pelo seu interlocutor. Enquanto isso, você pode continuar aprendendo as conjugações nos outros tempos verbais, começando com uma forma básica no passado (por exemplo, o pretérito perfeito, he comido) e uma forma básica no futuro (ir a + infinitivo, voy a comer).

Devemos prestar muita atenção aos tempos verbais. Um exemplo claro é o uso do pretérito mais-que-perfeito em ambos os idiomas. Por exemplo, o verbo cantara em português deve ser traduzido como había cantado em espanhol, e não deve ser confundido com o pretérito imperfeito do subjuntivo no espanhol cantara/cantase. Embora os falantes de português tendam a usar a forma composta (“tinha cantado” ou “havia cantado”), como em espanhol ou em inglês, não devemos confundir um tempo com o outro.

3.8 O subjuntivo

Outro ponto a ser considerado se quiser aprender espanhol é o subjuntivo. O subjuntivo em espanhol é um modo, e não um tempo verbal, porque não tem nada a ver com um “aspecto temporal”. Ao contrário, transmite um sentimento de irrealidade, de insegurança, de condicionalidade, etc.

O modo subjuntivo, em português (chamado conjuntivo em Portugal), é usado da mesma forma que em espanhol, com algumas poucas exceções. Isto é, em contextos de desejo, de dúvida, de coisas impessoais e iminentes.

A única diferença notável no uso do subjuntivo em português é que ele também tem um futuro subjuntivo, que existe mas é um tanto arcaico em espanhol. O futuro do subjuntivo, em português, é substituído em alguns casos pelo subjuntivo presente no espanhol (Quando você for = Cuando vayas) ou pelo indicativo presente (Se você for = Si vas).

Os 3 erros mais comuns cometidos pelos estudantes que começam a aprender espanhol é o subjuntivo:
- Não sabem como conjugar corretamente o verbo;
- Usam o indicativo ou algum outro tempo no lugar do subjuntivo;
- Simplesmente não sabem quando usar o subjuntivo.

Vale lembrar que a maioria das frases, em espanhol, que precisam de um subjuntivo continuam fazendo “sentido”, mesmo que se esteja usando o modo verbal incorretamente. Os falantes de espanhol vão entender o que você está tentando dizer. Portanto, não se estresse muito se não dominar o subjuntivo desde o princípio.

Frase usando o subjuntivo corretamente: Es posible que venga mañana.
Sentença no indicativo e que é um erro comum entre muitos estudantes: Es posible que viene (o vendrá) mañana.

3.9 Verbos "ser" e "estar“

Em geral, os verbos SER e ESTAR, em espanhol e em português, são usados da mesma forma, com algumas exceções. Como regra geral (há outras regras, algumas com exceções, é claro), podemos dizer:
- Usamos o verbo ser para expressar algo que é “sempre assim”.
Ella es bonita. Ela é bonita. - Seu caráter é sempre assim. Estado permanente.

- Usamos o verbo estar para expressar algo que “nem sempre é assim”.
Ella está bonita. Ela está bonita. - Porque nem sempre ela é assim. Estado temporario.

Poderia ser um conceito um pouco difícil no início, e de fato é para muitos estudantes, mas quase nunca para um falante de português, já que as mesmas nuances linguísticas se encontram na língua do Machado de Assis, de forma que os poucos casos em que pode haver dúvida não vão impedir que você venha a dominar as diferenças nem que as pessoas te entendam sem maiores problemas.

3.10 Por e para

Uma das maiores dificuldades que as pessoas têm para aprender espanhol é compreender a diferença entre as preposições por e para. Aqui também os falantes nativos de português são privilegiados, pois o uso das duas preposições em espanhol e em português tem mais semelhanças que diferenças. Para o que não for naturalmente entendido, você vai encontrar uma explicação gramatical e, pouco a pouco e praticando, vai acabar assimilando tudo. Sendo assim, não se preocupe, pois, se confundir uma preposição com a outra, isso não vai impedir ninguém de te entender perfeitamente.

Esto es para ti. Isso é para você.

3.11 Erros gramaticais frequentes de um estudante brasileiro ou de falante nativo de português

Com relação aos erros gramaticais mais frequentes que encontramos nos nossos alunos brasileiros ou portugueses, elencamos alguns dos mais significativos:
- Construção do verbo GUSTAR (*gostar de...);
- Confusão entre MUY e MUCHO (ambos equivalem a “muito” em português);
- Erros no uso das preposições;
- Gênero diferente de muitos substantivos (árbol, leche);
- Omissão de A na construção IR A + INFINITIVO;
- Uso de falsos amigos (grasa, gordura, oficina, polvo, sobremesa, azar, espantoso, vaso...);
- Posição diferente de alguns pronomes e verbos (*levantome);
- Espanholização de verbetes portugueses (*desenvolvimiento,*seguranza, *buela);
- Menos uso do sujeito em espanhol do que em português;
- Ausência de preposição A para objetos diretos preposicionados (yo veo al hombre);
- Diferenças nos tempos verbais: por exemplo, cuando + presente o subjuntivo em espanhol e não futuro do subjuntivo em português.

3.12 O espanhol tem peculiaridades interessantes

É possivelmente o único idioma que possui ponto de exclamação e de interrogação no início (¡, ¿) e outro no final (!, ?). Servem para avisar quando a exclamação ou a pergunta estão começando.

¿Qué hora es? Que horas são?

3.13 É fácil se expor ao espanhol

Outro fator pelo qual pode ser fácil aprender espanhol para quem fala português é a proximidade com os países latino-americanos de língua espanhola e a presença do idioma na vida cotidiana. Ao contrário de outras línguas, como o romeno ou o finlandês, os alunos de espanhol podem encontrar muitos recursos para estudar e pessoas com quem conversar sem ter que ficar procurando muito.

É bem fácil se expor ao espanhol. Você vai se surpreender com o quanto pode aprender prestando atenção à forma como o idioma é usado. Quanto mais se expuser ao idioma, e quanto mais o destrinchar, mais tudo isso vai começar a se encaixar na sua cabeça.

3.14 Aprender espanhol é fácil, mas esquecer é tão fácil quanto!

Talvez você já esteja gritando de alegria com a ideia de querer aprender espanhol rápido. E é verdade que alguns métodos prometem ensinar espanhol em algumas semanas ou até mesmo em 30 dias. Com base na nossa experiência, com esses métodos infelizmente você não vai alcançar um aprendizado que se sustente a longo prazo, pois, se não estudar e usar o idioma regularmente, vai perdê-lo tão rápido quanto o aprendeu.

É algo que temos visto ao longo da nossa carreira profissional. Muitos alunos, apesar de terem estudado espanhol na escola ou na universidade, chegam às aulas tendo esquecido quase tudo que aprenderam e lembram somente uma ou outra palavra. Esses alunos tiveram que aprender espanhol praticamente do zero de novo.

3.15 Foco na regra 80/20

O Princípio de Pareto, também conhecido como regra 80/20, explica que 20% do esforço é responsável por 80% dos resultados obtidos. Para obter os 20% restantes, é preciso 80% a mais de esforço.
Estudos linguísticos deixam claro que o conhecimento das 1000 palavras mais frequentes em espanhol vai fazer com que você compreenda até 80% das conversas. Portanto, estabelecer o objetivo de aprender essas mil palavras de forma duradoura e com um método adequado deve estar no topo de sua lista de prioridades.

3.16 Evite a perfeição

Se esperar para praticar até aprender espanhol perfeitamente, você nunca vai falar! A ideia de primeiro aprender espanhol perfeitamente para depois sair falando impede que as pessoas pratiquem desde o início e que cometam erros. Aprender espanhol e qualquer outro idioma fica mais fácil errando. Errar faz parte do processo de aprendizagem. Não fuja disso.

Se você começar a praticar pouco a pouco desde o início, é mais provável que aprenda com seus erros e com as pessoas com quem se comunica. Você vai aprender espanhol mais rápido se tiver disponibilidade e tempo para praticar com uma pessoa que também esteja disposta a corrigir seus erros. Você pode se sentir constrangido quando cometer um erro, mas esta experiência vai fazer você se lembrar daquele momento e não voltar a cometer o mesmo erro.

3.17 Em resumo, é fácil aprender espanhol?

Para um falante de português, com certeza é fácil. É possível dizer que aprender espanhol é mais fácil no início. Os iniciantes geralmente têm pouca dificuldade com sua pronúncia e experimentam uma sensação de estarem progredindo rápido. Mais tarde, a gramática espanhola vai se tornando um pouco mais complicada e alguns tópicos vão demandando mais dedicação.

Por fim, podemos concluir dizendo que existem vários fatores que tornam o aprendizado do espanhol relativamente fácil para você. Isso não significa, porém, que não vai ter que se esforçar para aprender espanhol. Com o método certo e as ferramentas certas, fica a seu alcance aprender espanhol de uma forma que se sustente a longo prazo.

4. Quanto tempo eu preciso para aprender espanhol?

Algumas pessoas aprendem espanhol durante anos e sentem que ficaram presas no seu processo de aprendizagem e que não fizeram o progresso que esperavam. Outras afirmam ter aprendido espanhol em um mês, utilizando técnicas “criativas”. Então, que perguntas devemos fazer a nós mesmos para saber quanto tempo vai ser necessário para aprender espanhol? Na nossa opinião, há cinco fatores que devem ser considerados:

4.1 Qual é a sua motivação para aprender espanhol?

Por que você quer aprender espanhol e por que você quer aprender espanhol neste exato momento? Os motivos podem ser inúmeros: você quer viajar, trabalhar ou viver em um país de língua espanhola; tem familiares que falam espanhol; tem curiosidade, interesse, ama a língua; ou simplesmente quer aprender espanhol só por puro prazer.

Existe uma certa motivação para todos esses motivos. E para manter essa motivação, você deve se certificar de que não vai se entediar ao aprender espanhol. Para isso, vai precisar sair da sua “zona de conforto” e diversificar a maneira como aprende. Se você se chatear, é possível que esteja usando um método que não funciona ou que esteja faltando um pouco mais de variedade nos recursos usados.

Com motivação, técnicas de gerenciamento de tempo e com os cursos e recursos certos, um estudante motivado pode atingir um nível intermediário de espanhol em poucos meses.

4.2 Qual é sua língua nativa? 

Se sua língua nativa é muito diferente de uma língua românica ou da língua germânica, pode ser mais difícil aprender espanhol no início, mas tudo é possível!

O US Foreign Service Language Institute (FSI) publicou números sobre o número de horas que um falante nativo de inglês (nível A1, iniciante) precisa para alcançar um nível de “proficiência profissional no trabalho” em diferentes idiomas. Os dados são baseados em 70 anos de experiência no ensino de idiomas para diplomatas americanos.

Como você pode ver no gráfico, são necessárias 24 semanas, ou 600 horas, para aprender espanhol sendo falante nativo do inglês. Em outras palavras, se você passar 3 horas por dia aprendendo espanhol, você vai ficar fluente em cerca de seis meses. Se você reduzir seu tempo de aprendizagem para uma hora por dia, levará aproximadamente 1,5 anos para aprender espanhol.

Como você pode ver no gráfico, o espanhol é um dos idiomas mais acessíveis e fáceis de aprender para os falantes de inglês. (Imagine então para um falante de português, que também é uma língua românica!) A maior vantagem vem do grau de similaridade do vocabulário, já que o espanhol e o inglês compartilham muito vocabulário por conta de a maioria das suas palavras serem de origem latina. Leve em consideração que a aquisição de novo vocabulário é a parte mais demorada da aprendizagem de línguas.

4.3 Que recursos você planeja utilizar?

A qualidade e a quantidade dos recursos utilizados também vão influenciar o tempo necessário para aprender espanhol.

Muitos dos melhores cursos de espanhol on-line oferecem muitas opções de expansão de vocabulário, conhecimento da gramática, recursos de pronúncia, compreensão oral, etc. Estas podem ser ferramentas surpreendentes para começar, para ter uma sensação de segurança e perceber o progresso, especialmente se você gosta de aprender com estrutura.

Entretanto, se seu objetivo é falar espanhol rápido e de uma maneira confortável, vai ter que procurar recursos e possibilidades a seu alcance, bem como lugares onde possa praticá-lo, “completando” assim seu aprendizado.

4.4 Que habilidades você quer desenvolver?

Aprender espanhol pode significar coisas diferentes para cada pessoa. Se você simplesmente quiser aprender algumas frases para suas próximas férias, para que possa reservar um quarto de hotel, alugar um carro, fazer um pedido num restaurante ou interagir casualmente com a comunidade de língua espanhola do seu bairro, isso não vai levar muito tempo.

Mas cuidado, porque este objetivo isolado pode ter um prazo de validade, e a vida real pode forçar você a lidar com o espanhol de uma forma “mais completa”: você pode ter que enviar uma mensagem de texto para um amigo (escrever em espanhol), ler sua resposta (ler em espanhol), encontrá-lo para um café e para conversar (conversar em espanhol) e entender o que ele vier a te dizer (ouvir em espanhol). Este aprendizado mais completo do espanhol vai demandar mais tempo...

4.5 Com que intensidade você se expõe ao espanhol?

Você vai visitar e passar um tempo em um país de língua espanhola? Tem amigos de língua espanhola com quem possa conversar e ouvir?
Poucas atividades exigem que você esteja tão perto de outras pessoas quanto a aprendizagem de idiomas. E não há nada mais eficaz do que se encontrar em uma situação real onde você precise falar espanhol. Você pode se sentir tímido no início, mas, se superar o medo, vai fazer um “avanço psicológico” no seu aprendizado. A exposição real atua como seu “teste de nivelamento”, permitindo você saber onde estão suas lacunas. Também vai te motivar a retornar para seu curso de espanhol com uma determinação renovada e em busca de uma melhora sólida.

Se for iniciante, recomendamos primeiro passar alguns meses aprendendo espanhol por conta própria e depois, tendo alcançado um certo nível de autonomia, estabelecer para si mesmo, se puder, o objetivo de ir a um país de língua espanhola como recompensa por seus esforços e visitar uma escola de língua espanhola. A essa altura, você já vai ter conhecimentos (passivos) suficientes de espanhol no seu cérebro para transformá-los em fala. Ou seja, vai conseguir se comunicar bem. Vale a pena esperar um pouco para fazer uma viagem de imersão, pelo menos até conseguir fazer um pouco mais do que só pedir uma cerveja. Quem sabe esperar até você conseguir manter uma conversa, por menor que ela seja? Vai ver que vai curtir muito mais aprender espanhol e que isso vai otimizar seu aprendizado.

A frequência com que usa o espanhol vai ter um grande impacto no tempo que vai levar para aprendê-lo. Atente-se aqui para a palavra “usar”.

4.6 Que nível de espanhol você quer atingir?

A maioria dos estudantes quer se tornar “proficiente” em espanhol, mas o que isso significa varia muito de pessoa para pessoa. Para atingir os objetivos estabelecidos em cada um dos 6 níveis que oferecemos, os quais seguem as diretrizes estabelecidas no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas (QECR), recomendamos entre 80 e 140 horas de estudo.

Por exemplo, aqui você pode ver quais são os objetivos de aprendizado estabelecidos pelo QECR:

- Para o nível A1:
É capaz de compreender e usar expressões familiares e quotidianas, assim como enunciados muito simples, que visam a satisfazer necessidades concretas. Pode apresentar-se e apresentar outros e é capaz de fazer perguntas e dar respostas sobre aspectos pessoais como, por exemplo, o local onde vive, as pessoas que conhece e as coisas que tem. Pode comunicar de modo simples, se o interlocutor falar lenta e distintamente e se mostrar cooperante.

- Para o nível A2:
É capaz de compreender frases isoladas e expressões frequentes relacionadas com áreas de prioridade imediata (p. ex.: informações pessoais e familiares simples, compras, ambiente). É capaz de se comunicar em tarefas simples e em rotinas que exigem apenas uma troca de informação simples e direta sobre assuntos que lhe são familiares e habituais. Pode descrever de modo simples a sua formação, o ambiente e, ainda, interagir a respeito de assuntos relacionados com necessidades imediatas.

Em resumo, sua atitude é determinante no seu progresso de aprendizagem. Sua determinação para ter sucesso vai depender em grande parte de você se imaginar falando a língua fluentemente, mesmo antes de conseguir isso. É por isso que os estudantes de línguas que já aprenderam outras línguas tendem a se sair melhor. Já fizeram isso antes, de modo que têm essa experiência. Sabem que conseguem fazer e o caminho que devem trilhar.

Então, quanto tempo você vai levar para aprender espanhol?
Em última análise, a resposta depende inteiramente de você.

5. Como começo a aprender espanhol?

Como iniciante, o mais importante é sair dessa zona do iniciante e aprender o suficiente para poder começar a falar. Com base na nossa experiência, sua ordem de prioridades para aprender espanhol deveria ser:

1- saber como as coisas se pronuncia em espanhol;
2- obter uma base de vocabulário;
3- ter uma ideia básica de gramática.

5.1 Saiba como o espanhol soa e é pronunciado

Ouça os sons do espanhol e siga as transcrições para aprender a pronunciar o espanhol escrito. Lembre-se de que uma boa pronúncia começa com uma boa capacidade de escuta. Uma das maiores vantagens de aprender espanhol é que ele soa “quase sempre” como se escreve.

5.2 Construir uma base sólida de vocabulário

Este é um dos passos mais importantes para aprender espanhol. Ao construir seu vocabulário, você deve considerar tanto o “quê” quanto o “como”. Quando falamos do “quê”, nos referimos ao tipo de vocabulário que você precisa aprender em cada nível, e ao falar do “como” estamos nos referindo ao método a ser seguido para aprender o vocabulário em espanhol e garantir a retenção a longo prazo.

Também recomendamos o aprendizado dos 108 verbos mais comuns, pois vão aparecer repetidamente ao longo de seu aprendizado. Aconselhamos que aprenda sempre um verbo em contexto com algumas frases úteis, e sempre a partir de uma perspectiva comunicativa para você.

Quando for aprender vocabulário em espanhol, recomendamos utilizar o seguinte método: você quer aprender, por exemplo, o verbo desayunar. A recomendação é então escrever no seu treinador de vocabulário pessoal uma frase simples que contenha o verbo desayunar e “algo” muito próximo do seu ambiente pessoal (Yo siempre desayuno cereal). Ou seja, o que você come no café da manhã, a que horas toma o café da manhã, etc.). Assim, estamos tentando conectar o verbo desayunar com “algo” muito próximo da sua vida pessoal. Isso vai permitir que se identifique mais de perto com esse novo conceito, agilizando seu aprendizado.

5.3 Aprenda algumas regras gramaticais básicas

A gramática é uma parte fundamental da linguagem e não pode ser evitada. No início, recomendamos conhecer um pouco de gramática para poder ordenar e coordenar as palavras que for aprendendo para então aí formar frases corretas. Mesmo depois de aprender um novo aspecto da gramática, vai levar algum tempo até que você possa usar o que aprendeu corretamente. Isso se dá porque existe um processo de internalização que demanda tempo antes de poder ser usado bem. Muito provavelmente, você vai ainda cometer muitos erros antes de conseguir aplicar corretamente o que aprendeu.

6. Qual dialeto devo escolher se quero aprender espanhol?

Um dialeto é uma variação do idioma principal utilizado localmente em uma determinada área geográfica. As variedades de espanhol diferem umas das outras por muitas razões, incluindo as seguintes:

6.1 Diferenças fonéticas

O seseo
A maioria dos falantes de castelhano (espanhol), ao dizer as palavras cereza ou cebolla, pronunciam /c/ e /z/ como [θ] (igual ao som do "th" em inglês). Entretanto, na América Latina, por exemplo, essas palavras são pronunciadas como [s]: [seresa] e [sebolla].

Yeísmo
Outra diferença bem conhecida entre o espanhol castelhano e o espanhol rio-platense (da Argentina e do Uruguai) é a pronúncia das letras “y” e “ll”. Enquanto outros dialetos do espanhol pronunciam estas letras como uma vogal (ou seja, o “y” em “yo” soa como um [i]), os falantes do espanhol rio-platense pronunciam como a consoante /ʃ/, que soa como uma versão mais suave do som [ch] ou do “x”, como nas palavras “chuchu” ou “xícara”.

6.2 Diferenças gramaticais

Em termos de gramática, a diferença mais notável é o voseo. Na Espanha, as pessoas usam os pronomes tú (singular, informal), vosotros ou vosotras (plural, informal), usted (singular, formal) e ustedes (plural, formal). Entretanto, na América Latina, muitos falantes usam vos e ustedes. Isto resulta em uma diferença na conjugação dos verbos. Além disso, na maioria dos países da América Latina, a forma vosotros não existe.

6.3 Diferenças de vocabulário

Em termos de vocabulário, há uma diferença maior na expressão do mesmo conceito, dependendo do país ou do grupo social. Isso se dá sobretudo com nomes de frutas e vegetais, roupas, coisas do dia a dia, bem como em muitas expressões coloquiais ou insultos. Por exemplo, na Espanha dizemos coche, na Argentina também é coche, mas no México dizem carro; na Espanha, uma coisa pode ser guapa, enquanto seria linda no México.

6.4 Quantos dialetos de espanhol existem na Espanha?

Na Espanha, existem 8 dialetos: o espanhol aragonês, o leonês, o bable, o andaluz, o canarino (das Ilhas Canárias), o da Estremadura, o murciano e o romaní.

6.5 Quantos dialetos de espanhol existem na África?

Existem 5 dialetos na África: o ceuta, o de Melilla, o das Ilhas Canárias, o saharauí e espanhol da Guinea Equatorial.

6.6 Quantos dialetos de espanhol existem na América Latina?

Existem 26 dialetos na América Latina: o espanhol amazônico, o andino, o antioquiano (paisa), o camba, o calenho, o cundiboyacense, o espanhol llanero, o caribenho, o cubano, o dominicano, o marabino, o panamenho, o porto-riquenho, o venezuelano, o centro-americano, o chileno, espanhol chileno, o chilote, o equatorial, o mexicano, o paraguaio, o peruano da costa, o peruano do norte, o rio-platense, o de Santander-Táchira, o tolimense (opita) e o yucatec.

6.7 Que espanhol a Lengalia oferece?

A Lengalia oferta o ensino do espanhol castelhano (europeu) “neutro” ou peninsular.

6.8 Brasileiros no Brasil ou em Portugal: que espanhol devem aprender?

Antes de decidir se deseja ou não aprender espanhol em um determinado dialeto, é necessário aprender as noções básicas do idioma. Embora existam diferenças notáveis entre os dialetos do mundo de língua espanhola, essas diferenças não são tão importantes até você se tornar um falante relativamente avançado ou se expor ao idioma de uma determinada região e precisar aprender essa variante em específico. Além disso, atualmente não existem muitos sites que ofereçam cursos especializados em cada um desses diferentes dialetos do espanhol.

Quando estiver num nível intermediário ou avançado, aí vai ser momento certo para se concentrar em um dialeto particular. Em geral, o espanhol cubano, o porto-riquenho e o chileno são conhecidos por serem bastante difíceis e “diferentes”. Guatemala, Peru e Equador têm dialetos mais neutros, porque, para muitos falantes, o espanhol é sua segunda língua.

O mais importante a ser enfatizado, como professores de espanhol, é que não existe “bom espanhol” nem “mau espanhol”. As variações dialéticas do espanhol simplesmente enriquecem o idioma e nos dão a oportunidade de nos sentirmos representados linguística e culturalmente. Recomendamos que você não tente aprender desde o início todas as palavras existentes para expressar um conceito. Por exemplo, para bus você pode dizer: colectivo, chivilla, guagua, buseta, micro, camioneta; ou para cerveza: cheve, chela, birra, biela, fría, cristal, etc. Pense que o contexto tem um papel muito importante na compreensão.

Todos os falantes de espanhol são capazes de entender uns aos outros, portanto não se preocupe muito, você será compreendido em todos os lugares!

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